Câmara Municipal realiza a entrega do Título de Cidadão Tanabiense ao senhor Simão Rossi.

A Câmara Municipal de Tanabi, realizou na noite do dia 10, segunda-feira, a Sessão Solene de Entrega do Título de Cidadão Emérito Tanabiense ao senhor Avelino Simão Rossi.

O título, aprovado no mandato passado, foi uma indicação do então vereador Sidnei “Pardal”, que por conta da pandemia do Covid-19, ficou impossibilitado de entregar ao homenageado.

Nascido aos 5 de janeiro de 1959, Avelino Simão Rossi é filho do casal de descendentes de italiano José Rossi e Maria Amábile Sartorelo Rossi. Estudou em uma escola mista do bairro Cariru, município de Monte Aprazível e desde menino ajudava o pai nas lavouras de café e lembra-se que o seu pai no ano de 1966 vendeu uma vaca que produzia leite para a família, para comprar o seu maior presente que ganhou até hoje, um Acordeom.

Conta que nunca frequentou uma escola de música e aos 11 anos de idade engraxava os sapatos da vizinhança, vendia picolés aos domingos no bairro da Grama e aos 13 anos já animava as festas como Simão Sanfoneiro, o menino dos “Dedos de Ouro”, foi nessa época que se iniciava uma carreira brilhante tocando bailes e festas caipiras onde era requisitado um acordeonista.

Em 1978, conheceu Maria dos Santos, se casou e foi morar em outro sítio, de propriedade do senhor Atino Nogueira e Dionísio Garcia, onde como retireiro viu nascer a sua primeira filha Luciana que viveu apenas um mês e morreu. Em 1980 se mudou para a cidade pagando aluguel para morar numa casa em Tanabi e trabalhava como cortador de cana de açúcar na Usina Água Limpa em Monte Aprazível.

Apesar de ser muito trabalhador, aquele serviço não deu certo e ele foi convidado a voltar para a Fazenda Fortaleza, na propriedade de Dionísio Garcia onde permaneceu até 1985, mudando-se para o sítio Taquaruçu, em Engenheiro Balduíno, município de Monte Aprazível. Lembra-se que o sítio pertencia ao senhor José Luiz Greco e, foi lá que nasceu o seu único filho Reginaldo Henrique Rossi.

Em 1986, mudou-se para Tanabi e foi morar de aluguel numa casa do Jardim Centenário, começo a trabalhar como auxiliar na empresa Lajes Concreta, pertencente aos irmãos engenheiros civis, Jorgito e Marcos Bechara e passou de servente que era para Chefe de Produção e Gerente Geral.

Em 1989 montou junto de outros amigos uma Banda de Forró pelo nome de Tropical Show e fez muito sucesso na região e até em outras regiões. Por conta de muito trabalho, o acúmulo de funções lhe custou uma estafa que desencadeou numa depressão por falta de descansar, época em que fez tratamento de saúde em vários hospitais, até que conheceu um anjo sem asas chamado Dr. Laerte Monteiro que lhe tratou e em 1996 já estava pronto para montar outro grupo musical, os Metaleiros do Forró, foi naquele ano em que a empresa Lajes Concreta encerrou as suas atividades, pela sua experiência no ramo, ocasião em que se tornou um vendedor de lajes para toda a região, trabalhou nas Lajes Ávila de Rio Preto e chegou a ser o maior vendedor de lajes regional.

Ainda como vendedor, mantinha a atividade de músico paralela e acompanhou a dupla sertaneja Paulo Sergio & Claudinei. Em 2005, por recomendação médica, teve que encerrar a carreira de músico, pois, precisava de descanso. Simão Rossi atribui o seu sucesso profissional e financeiro como vendedor de lajes de concreto e sanfoneiro, não é de ostentar, mas, aos 63 anos de idade já tem sua vida definida.

De uma família com 12 irmãos, hoje, aposentado, sua vida é curtir o neto Davi com 2 anos, filho de Reginaldo e Roberlita e vive de bem com a vida fazendo os Caldos de Cana na Chácara. Por conta de suas atividades tem amizade em toda a região e como todo descendente de italiano tem muitas histórias e aventuras para contar.